sábado, 1 de agosto de 2009

Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo, e todo mundo é meu também ...


Na hora de cantar todo mundo enche o peito, e grita: ‘ sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também’. Mas, depois do efeito do uísque com energético e dos beijos sem compromisso, as pessoas alugam os ouvidos de um amigo reclamando de solidão, falta de interesse, rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, pra beijar na boca, ficar e não ser de ninguém, ainda mais quando os dois acabam se envolvendo... Nesse negócio de ‘ficar ficando’, a coisa vai além do descompromisso, como não receber a famosa ligação no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de ficar um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc...Quem faz isso não sabe o quanto é bom assistir a um filme debaixo das cobertas num dia frio e chuvoso comendo pipoca, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés debaixo das cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além de cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dar bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, ter alguém para dar e receber um abraço com toda vontade do mundo, ter um colo para chorar ou tirar uma soneca durante as viagens, uma mão para enxugar lágrimas e fazer massagem, enfim, é ter alguém para amar...Somos livres para escolher, e ser livre não é beijar e não ser de ninguém, é ter coragem e se permitir viver um sentimento.